Durante décadas, inteligência foi sinônimo de quociente de inteligência, de diplomas e de certificados. Contudo, nos últimos anos, a inteligência emocional tem sido cada vez mais reconhecida e valorizada em diferentes contextos, inclusive no profissional.
Hoje, é reconhecido que não adianta ter um ótimo preparo técnico, mas não saber trabalhar em equipe e lidar com os conflitos e com os problemas que aparecerem. Seja qual for a profissão, todos estão sujeitos aos desafios de compartilhar a organização e o fluxo de trabalho.
Isso inclui a carreira médica. Muitos profissionais da medicina se preocupam em ter cursos de especialização e título de pós-graduação, entretanto esquecem de que a inteligência emocional é fundamental ao lidar com os pacientes.
Por isso, veja algumas dicas de como desenvolver inteligência emocional e de como lidar com as inseguranças profissionais!
Está enganado quem pensa que somente as lideranças devem desenvolver inteligência emocional. Esse é um diferencial relevante a todos os integrantes da empresa e tem sido cada vez mais valorizado no mercado de trabalho.
Pessoas emocionalmente inteligentes mantêm a calma e raciocinam mesmo sob pressão e mediante imprevistos. Dificilmente são vistos como pessoas com temperamento “explosivo”, já que elas sabem se expressar de forma compreensível e equilibrada.
Alguns estudiosos da inteligência emocional ainda agregam esse conceito à automotivação (sentimentos que motivam os indivíduos em diferentes situações) e à empatia (capacidade de reconhecer as emoções das outras pessoas).
Muita gente reconhece a importância da inteligência emocional, mas não sabe como desenvolvê-la. Uma dica importante é aprender a controlar suas reações. Para isso, é preciso observar o seu comportamento e o modo com o qual você reage mental, emocional e fisicamente.
As suas reações têm impacto sobre o ambiente de trabalho e sobre as pessoas com quem trabalha. A questão, em alguns contextos, não se resume a estar com a razão, mas principalmente a como se comunicar com a equipe.
Outro processo essencial para a inteligência emocional é desenvolver o autoconhecimento, os seus pontos fortes e os que podem ser repensados e melhorados.
Por fim, outra dica é aprender a priorizar as atividades — quem atende diferentes clientes sabe que precisa estabelecer as prioridades segundo a data de entrega e a complexidade do trabalho.
Definir o que precisa ser feito primeiro te ajuda a focar e a não perder tempo e concentração tentando resolver diferentes questões ao mesmo tempo.
Também é essencial não receber críticas como algo pessoal. Quando feitas de forma adequada, as críticas podem ser um combustível para o desenvolvimento. O aprendizado é um processo complexo e contínuo, que exige:
Por isso, receba os feedbacks como uma dica do que você pode melhorar.
Ademais, é essencial não entrar em desespero em situações adversas. Empresas são ambientes complexos, exigem trabalho de diferentes equipes e de forma integrada.
Pessoas desesperadas não são capazes de analisar os prós e os contras de cada proposta e não dão tempo para uma melhor tomada de decisão.
Sentir inseguranças em algumas situações de novidade ou de pressão é comum. Contudo, se você se sente inseguro a maior parte do tempo em seu trabalho, é importante buscar caminhos para lidar com isso.
Alguns sinais de insegurança profissional são:
Duas formas para lidar com isso são: lembre-se da sua trajetória, das dificuldades que superou e do que conquistou e evite se sobrecarregar.
Quando sentir que isso não é possível, converse com suas lideranças para deixar claro que você precisa compartilhar melhor o trabalho com seus colegas a fim de que ninguém adoeça e de que o resultado seja satisfatório.
Se você buscar uma rede de apoio e, ainda assim, continuar se sentindo inseguro, pode ser bom buscar ajuda profissional psicoterapêutica com o intuito de desenvolver outras formas de lidar com o sentimento.
Texto: Gustavo Marques