Conscientização e separação dos itens de preparo e higiene são fundamentais para evitar a contaminação
Pacientes afetados pela doença celíaca sabem como é importante cortar totalmente o contato com o glúten para terem uma vida mais tranquila e sem sintomas.
Essa doença autoimune é caracterizada pela intolerância ao glúten, que pode ser encontrado na aveia, cevada, centeio, trigo e derivados, como bolos, pães, pizzas, cerveja e alguns doces.
Por não ter cura, é preciso adotar restrições alimentares para evitar complicações.
No entanto, os cuidados não terminam apenas no que se deixa de comer: é preciso ter cuidado com a chamada contaminação cruzada.
Por exemplo, já pensou como no processo de manutenção de uma cozinha segura o uso de uma lava-louças pode ser um grande diferencial?
Isso porque o ciclo de lavagem com água quente e detergentes ajuda a remover resíduos de glúten de utensílios e louças, de uma maneira muito mais eficaz do que a lavagem manual seria capaz.
Porém, quais outros cuidados as pessoas podem adotar para reduzir o risco de contaminação? Entenda melhor no texto a seguir.
A grande preocupação para os pacientes com essa condição é manter uma dieta longe do glúten. Entretanto, essa é uma tarefa difícil, dado que a proteína é amplamente utilizada em alimentos processados, podendo ser um ingrediente oculto.
O problema é que alimentos sem glúten podem apresentar traços da proteína de outras maneiras. Essas partículas mínimas, medidas em miligramas e capazes de afetar os celíacos, podem parar nos alimentos sem glúten quando se assa um pão sem glúten junto com um que contém a proteína, ou, ainda, ao utilizar uma faca que foi usada para cortar alimentos com glúten.
Uma vez que coisas tão pequenas podem prejudicar a saúde dos outros, é importante se resguardar. Assim, o primeiro passo para ter mais qualidade de vida é educar todos os moradores da casa a respeito da importância de evitar essa contaminação cruzada.
Para isso, pode ser elaborada uma lista com produtos que contém glúten e que podem ser encontrados na cozinha, separando um espaço na geladeira, como a porta, para armazená-los.
Assim, sempre que alguém manuseá-los, o cuidado será redobrado para evitar essa contaminação.
Essa conscientização ainda pode ser reforçada com textos e vídeos explicativos sobre a doença, mostrando como o mínimo consumo de glúten pode prejudicar a saúde do celíaco. Com o passar do tempo, todos estarão cientes dos cuidados necessários para garantir mais qualidade de vida para aquela pessoa.
A contaminação cruzada pode acontecer muito facilmente. Seja pela manipulação de fornos, mesa, tigela, panelas, tábuas, balcão da cozinha ou até mesmo pela utilização da mesma colher.
Respingos ou migalhas de glúten ou farinha de trigo podem atingir um alimento seguro e desencadear sintomas no celíaco.
Dessa forma, o ideal é que o preparo para os alimentos com glúten e sem glúten sejam feitos em momentos diferentes.
No forno, evite assar pão sem glúten e com glúten simultaneamente, dando preferência ao alimento sem a proteína primeiro.
Quando preparar o pão de trigo, faça uma limpeza rigorosa da forma e demais utensílios utilizados e, no caso do forno, aguarde ao menos 24 horas para preparar o alimento sem glúten.
Esse é o tempo que a farinha permanece suspensa no ar e pode acabar contaminando o alimento sem glúten.
Uma recomendação de ouro é ter um armário ou prateleira exclusiva que seja “sem glúten”, tanto para armazenar os alimentos quanto os utensílios.
Utilize caixas organizadoras com tampa para mantê-los protegidos, colocando etiquetas para sinalizar quais são os produtos pertencentes ao celíaco. Quanto mais distante eles ficarem dos alimentos com glúten, melhor.
Como destacado, a limpeza é um hábito fundamental para evitar essa contaminação. Um dos locais que merece atenção especial é o balcão da cozinha.
Assim, antes de preparar qualquer alimento sem glúten, é necessário higienizá-lo com água quente e sabão. Ao terminar o preparo, repita o processo, que também vale para a mesa, fogão e exaustores.
Para ter mais segurança, é válido utilizar panos de louça, aventais e luvas próprios, já que os tecidos também acumulam glúten e podem contaminar os utensílios utilizados para preparo.
Se não utilizar uma lava-louça, lembre-se de que a esponja utilizada para lavar a louça com glúten deve ser diferente da que vai lavar a sem glúten. Para não se confundir, vale a pena comprar esponjas de cores diferentes, além de guardá-las separadamente.