Incontinência Urinária: o que é e quais são os tipos?

Incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra, essa condição se manifesta através de pequenos escapes diários, não se limitando apenas a perda grande e incontrolável de urina.

 

Diariamente, cerca de 5% da população sofrem com esse problema, sendo que entre as mulheres há maior ocorrência de IU. As pesquisas revelam que cerca de 40% delas, geralmente acima de 50 anos, têm perda de urina.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a doença abrange também cerca de 5% dos homens que fazem a retirada da próstata.

Esse assunto merece uma atenção muito especial, pois pode atingir a todos em algum momento da vida ou uma pessoa querida, que precisará de compreensão e apoio. Leia e saiba mais! 

Incontinência urinária, saiba mais

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina muito frequente e que acomete homens e mulheres de todas as idades, podendo apresentar várias causas.

Em geral, a incontinência é mais comum entre as mulheres do que entre os homens, tendo a idade como um fator importante.

Essa prevalência poderá se dar pelo fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal.

Esses fatores estão ligados às estruturas musculares que sustentam os órgãos e interferem na contração da uretra para evitar a perda urinária. Além disso, o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra é mais frágil nas mulheres.

É estimado também que a chance de a pessoa ser acometida por incontinência urinária após os 70 anos seja de quatro a cinco vezes mais do que entre 20 e 40 anos.

A soltura da urina é gerenciada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser afetada nas situações em que há o comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico.

Os fatores que interferem são:

  • Gravidez;
  • Parto;
  • Tumores malignos e benignos;
  • Doenças que comprimem a bexiga;
  • Obesidade.

Tipos de incontinência urinária 

Os tipos de incontinência urinária mais comuns são a de esforço e a de urgência.

A incontinência urinária de esforço se refere à queixa de perda da urina ao realizar esforço, como rir, tossir, espirrar ou carregar pesos.

Ela pode ser ocasionada pelo enfraquecimento do esfíncter urinário e dos elementos de sustentação da uretra e da bexiga.

Por outro lado, a incontinência urinária de urgência se deve à perda de urina acompanhada ou precedida pela sensação de urgência para urinar. 

Nessa situação, a pessoa conta com uma vontade repentina e incontrolável de urinar e   não consegue chegar a tempo ao banheiro. Com isso, geralmente acaba urinando com grande frequência durante o dia e a noite.

Essa situação recebe o nome de bexiga hiperativa, que, na maior parte das vezes, não apresenta uma causa. As doenças neurológicas, todavia, elevam o risco de ocorrência desse tipo de problema, incluindo lesão medular, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, Parkinson e outras.

Homens que possuem a hiperplasia benigna da próstata podem apresentar este problema. Entretanto, a predominância da bexiga hiperativa é bem alta na população em geral.

Abrangendo assim, cerca de 5% dos homens e mulheres com menos de 40 anos e até 35% das pessoas acima de 70 anos, os índices podem atingir 80% das idosas.

Mais fatores de risco

Confira agora mais alguns fatores que podem influenciar no surgimento dos casos de incontinência urinária.

  • Bexiga hiperativa: são pessoas que possuem o desejo súbito de urinar e dificuldade para controlar a urina, sendo mais propensas a ter incontinência de urgência.
  • Cirúrgico: um dos tratamentos de combate a tumores na próstata é a remoção total da mesma, o que pode acarretar sequelas, como impotência sexual e incontinência urinária.
  • Constipação intestinal: também pode influenciar de maneira negativa o funcionamento da bexiga, pois o intestino e a bexiga compartilham as mesmas conexões na medula espinhal.
  • Diabetes mellitus: a diabetes poderá danificar o funcionamento dos nervos da bexiga, devido ao acúmulo de sorbitol, substância que substitui o açúcar nos alimentos.
  • Doenças do sistema nervoso: pois é ele quem controla o funcionamento de diversos órgãos, entre eles a bexiga.
  • Fraqueza de músculos da região pélvica: os músculos dessa região auxiliam na manutenção da continência urinária. Normalmente os idosos são os que mais sofrem com o enfraquecimento dessa região.
  • Medicamentos: sim, alguns medicamentos podem atrapalhar o esvaziamento da bexiga, havendo assim a retenção urinária, o que pode levar a um transbordamento, causando gotejamento contínuo.

A incontinência urinária é uma doença que não deve ser encarada como normal em nenhuma faixa etária, podendo ser tratada adequadamente na grande maioria dos pacientes.

Por isso, não tenha vergonha de procurar um profissional da área da saúde para cuidar de você da melhor forma possível. A tecnologia já avançou bastante e há muitos produtos no mercado que podem ajudar a pessoa com IU a ter uma melhor qualidade de vida.