A pedra nos rins no calor é uma preocupação real, já que o verão, com suas altas temperaturas, traz consigo um risco aumentado de cálculos renais.
Nesta época do ano, suamos mais, e nossa urina tende a ficar mais concentrada, o que, por sua vez, eleva a chance de formação dessas pequenas, mas dolorosas, estruturas.
Por isso, compreender os mecanismos e adotar medidas preventivas é fundamental para desfrutar da estação sem preocupações.
O portal Qualivida Online, sempre atento ao seu bem-estar, preparou um guia completo para você entender por que a incidência de pedras nos rins aumenta no calor e, o mais importante, como evitar a temida cólica renal.
A boa notícia é que, com algumas mudanças simples na rotina, é possível proteger a saúde dos seus rins e aproveitar o verão com tranquilidade e sem dor.
O calor intenso e a maior transpiração no verão aumentam o risco de pedras nos rins. A perda de líquidos deixa a urina mais concentrada, fazendo com que sais e minerais como cálcio e oxalato se acumulem, favorecendo a formação de cálculos.
Segundo a SBU, os casos de pedra nos rins aumentam cerca de 30% nos meses mais quentes, evidenciando a relação direta entre clima e saúde renal.
Segundo o Dr. Marco Nunes, urologista em São Paulo, “no verão, a combinação de mais suor e menor hidratação concentra minerais na urina e favorece a formação de pedras.” Portanto, a atenção à hidratação é um pilar essencial para prevenir a pedra nos rins no calor.
A dor característica da passagem de pedras pelo ureter é intensa, súbita e localizada na lombar ou lateral do abdômen, podendo irradiar para a virilha em ondas, chamadas de cólicas.
Podem surgir náuseas, vômitos e hematúria (sangue na urina), sinal de lesão no trato urinário. Febre junto à cólica é um alerta para possível infecção urinária grave, exigindo atendimento médico imediato.
Reconhecendo esses sinais, procure um urologista para confirmar a causa, receber o tratamento adequado e prevenir complicações.
A hidratação é a forma mais eficaz de prevenir pedras nos rins, principalmente no verão. O objetivo é manter a urina diluída, evitando a formação de cristais.
A AUA recomenda líquidos suficientes para produzir pelo menos 2,5 litros de urina por dia, enquanto o Hospital Albert Einstein sugere mais de 2 litros diários. Um jeito simples de acompanhar a hidratação é observar a cor da urina: quanto mais clara, melhor.
A quantidade ideal varia com atividade física, calor e saúde individual, então fique atento aos sinais do corpo e à cor da urina para se manter hidratado.
Uma dieta equilibrada ajuda a prevenir pedras nos rins, enquanto certos hábitos alimentares aumentam o risco.
Reduzir o consumo de sódio (presente em alimentos processados e fast-food) e moderar proteínas animais evita o excesso de cálcio e ácido úrico na urina.
Manter cálcio na dieta é importante: laticínios se ligam ao oxalato no intestino, impedindo que chegue aos rins. O NIDDK e a AUA recomendam 1.000 a 1.200 mg de cálcio diário, com limite de sódio.
A dieta pode ser ajustada conforme o tipo de cálculo, e um nutricionista pode criar um plano personalizado.
O citrato, presente em frutas cítricas como limão e laranja, ajuda a prevenir pedras nos rins ao inibir a cristalização de sais de cálcio e se ligar ao cálcio na urina. Consumir sucos cítricos regularmente aumenta os níveis de citrato, oferecendo uma defesa natural.
É importante lembrar que, apesar de benéfico, o limão não dissolve todos os tipos de pedra — apenas alguns casos específicos, como cálculos de urato ou cistinose, podem requerer tratamento médico para dissolução.
Evite refrigerantes tipo cola, que contêm fósforo e aditivos que aumentam o risco de pedras, alterando o equilíbrio da urina e favorecendo a formação de cálculos.
Exercícios, sol e calor são ótimos para a saúde, mas exigem atenção redobrada à hidratação para prevenir pedras nos rins.
Durante atividades físicas ou exposição ao calor, o corpo perde líquidos pelo suor e, se não forem repostos, a urina fica concentrada, aumentando o risco de cálculos.
Para evitar isso, recomenda-se beber cerca de 500 a 600 mL de líquidos 2 a 3 horas antes da atividade, tomar pequenos goles a cada 15 a 20 minutos durante o esforço e continuar se hidratando depois para repor o que foi perdido.
Planejar a hidratação antes, durante e após o esforço, além de levar sempre uma garrafa de água, ajuda a manter a urina diluída e protege os rins.
Quem já teve pedra nos rins tem risco elevado de recorrência, com taxas que podem chegar a 50% em 5 a 10 anos.
Por isso, é importante adotar prevenção rigorosa, mantendo hidratação, dieta adequada e acompanhamento médico regular.
O urologista pode solicitar exames para identificar a composição das pedras e orientar medidas personalizadas, incluindo mudanças alimentares ou medicamentos.
A prevenção é contínua: ajustar hábitos de vida, manter a ingestão de líquidos e realizar exames de monitoramento ajuda a reduzir o risco e proteger a saúde renal a longo prazo.
Checklist para prevenir pedra nos rins no verão:
Seguindo este checklist, você protege seus rins e aproveita o verão com saúde.
Prevenir pedras nos rins no calor é possível com atenção e pequenos ajustes nos hábitos diários. O calor intenso e a transpiração aumentam a concentração urinária, tornando a hidratação e a alimentação fundamentais.
Manter-se hidratado, consumir frutas cítricas, moderar sódio e proteínas animais, e planejar a ingestão de líquidos antes, durante e após exercícios ou sol são chaves para um verão sem dores.
Ao primeiro sinal de cólica, sangue na urina ou febre, busque avaliação médica imediata. Com essas medidas, você garante um verão saudável e livre da cólica renal.