O que é a norma ISO 18184 sobre produtos antivirais

A pandemia de coronavírus fez com que tanto as pessoas quanto as marcas se preocupassem mais com a proteção contra micro-organismos.

Com isso, produtos com características antivirais ganharam cada vez mais espaço no mercado e se tornaram mais populares. Entre as opções, claro, está também a máscara antiviral, com tecnologia capaz de desativar o vírus, diminuindo as chances de contaminação. 

Para se encaixar como produto antiviral, entretanto, é preciso que essas peças sigam a norma ISO 18184. Entenda o que é esse regulamento e como funcionam as tecnologias antivirais. 

Entenda a norma ISO 18184

A norma ISO 18184 é uma certificação de que um produto têxtil é eficaz em diminuir a ação viral de um microorganismo, pois foi produzido de acordo com as exigências da ISO. 

O nome ISO refere-se a International Organization for Standardization, ou, em português, Organização Internacional para Padronização. Essa organização independente foi criada em 1947, na Suíça, e é responsável por definir padronizações e protocolos em todo o mundo e diferentes áreas do mercado, desde a produção industrial até a maneira de gerir uma empresa. 

Dessa forma, a ISO acaba determinando, a partir de suas exigências, um padrão de qualidade utilizado em todo o mundo. Uma empresa ou um produto que tenha o selo ISO, portanto, é considerado de qualidade, pois seguiu os processos de qualidade esperados pela organização.

Por ser responsável por padronizar inúmeros produtos e ações, as normas ISO ganham diferentes códigos, dependendo do que tratam. No caso da ISO 18184, a norma define a capacidade antiviral do material, ou seja, o quanto o tecido consegue diminuir as ações de contaminação de algum vírus.

Assim, produtos que têm esse selo foram certificados como fabricados seguindo os processos e materiais necessários para tal. Em meio à pandemia de COVID-19, isso tornou-se um atrativo e uma segurança a mais para os consumidores.

Como funcionam os produtos antivirais

Produtos com capacidade antiviral são aqueles feitos utilizando materiais e tecnologias específicas para isso. A gama de produtos com efeito de diminuição da ação viral e bactericida é grande e cada um é produzido de uma maneira diferente. Contudo, se têm a certificação de ISO referente à sua categoria, significa que os processos foram feitos da maneira correta.

No caso dos tecidos, existem dois tipos de tecnologias principais utilizadas no Brasil. Uma das técnicas utiliza compostos químicos como prata, cobre, zinco e outros que, combinados, destroem a barreira lipídica do vírus, inativando-o. Essa junção pode ser aplicada durante a fabricação do tecido ou na etapa seguinte, como proteção externa. 

Outra maneira é com a utilização de um tecido específico, com tecnologia patenteada. O material insere dentro da fibra do material compostos capazes de inativar o vírus em poucos minutos, diminuindo as chances de contaminação cruzada, por exemplo. 

Para conseguir o efeito, é preciso que inúmeros processos exigidos pela ISO 18184 sejam respeitados, principalmente para garantir a segurança daqueles que consomem os produtos. Assim, a norma tem importância fundamental nessa padronização.

A importância disso para a sociedade

Usar uma camiseta ou máscara antiviral não substitui os cuidados básicos contra a disseminação do novo coronavírus, já que sua ação acontece apenas nos vírus que encostam no tecido. Mesmo assim, podem ser uma proteção a mais para quem está mais exposto à contaminação, como em locais públicos ou com muitas pessoas no mesmo ambiente. 

A importância dos tecidos antivirais vai além do uso individual. Uma das maneiras que podem ser utilizados é na fabricação de EPIs (equipamentos de proteção individual) e outros itens hospitalares e clínicos. Isso porque os itens melhoram a eficácia e a proteção daqueles que estão expostos diariamente não apenas ao coronavírus, mas a outros vírus também.

A ISO 18184 também é a organização que certifica esse tipo de produto para uso profissional em locais de risco biológico, não apenas contra vírus, mas também bactérias. Além dessa norma, os produtos também passam pela certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão de regulação brasileiro, antes de serem comercializados. 

Dessa forma, o tecido antiviral surgiu como uma maneira de melhorar a proteção tanto de profissionais de saúde quanto de consumidores, protegendo quem está mais exposto e dando mais segurança para quem não tem a opção de evitar aglomerações.

Texto: Gear Seo