A perda de desejo sexual tem muitos nomes. Popularmente conhecida como frigidez, ela é conhecida cientificamente por anafrodisia, ou até mesmo por inapetência.
Apesar de mais comum entre as mulheres, a falta de desejo sexual masculino também se manifesta, mas em frequências baixas.
Assim, a falta de desejo sexual afeta bem menos os homens em comparação com as mulheres. Em pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, 35% das mulheres apontaram que não sentem vontade de fazer sexo, enquanto nos homens o percentual foi de apenas 12%.
A frigidez é classificada como um “transtorno do desejo sexual hipoativo” pelo DSM IV (sistema diagnóstico e estatístico de classificação de doenças mentais dos Estados Unidos).
Portanto, a manifestação da disfunção deve ser classificada como um problema de saúde sexual e ter acompanhamento médico para sua solução.
Vamos falar um pouco mais sobre a frigidez, especificamente sobre a falta de desejo sexual masculino, para entender melhor sobre as causas de sua manifestação e quando procurar tratamento médico para curá-la. Vem com a gente!
Antes de tratar as causas da falta de desejo sexual masculino, vale uma introdução mais clara sobre o que é frigidez e libido.
A frigidez masculina configura-se como um bloqueio total ou parcial da resposta psicofisiológica da excitação. O fenômeno manifesta-se na ausência de desejo ou fantasias sexuais, que é o que conhecemos como libido, em todas suas variantes de relação sexual (coito, carícias, masturbação, etc.).
A frigidez é complexa em virtude de sua variedade de origem. As suas causas tanto podem ser psicológicas quanto biológicas.
Várias causas psicológicas podem repercutir em bloqueios de desejo sexual, como:
Um problema de saúde sexual preexistente pode também agir como gatilho psicológico para a frigidez masculina. Experiências sexuais frustrantes resultantes de problemas de ejaculação precoce ou disfunção erétil podem incitar aversão ao sexo por parte do homem.
As disfunções podem gerar ansiedades e inseguranças que minam a autoestima e fazem surgir a frigidez como um instrumento de preservação.
Já entre as causas biológicas da frigidez, podemos elencar alguns que atuam diretamente na perda da libido, como:
Um elemento causador que deve ser mais debatido em virtude da sua influência na perda de libido é a sobrecarga de trabalho.
Sim. A sobrecarga de trabalho pode gerar gatilhos psicológicos extremamente danosos para a falta de desejo sexual masculino.
Jornadas extremamente longas, demandas difíceis de serem cumpridas, relações profissionais abusivas e autocobrança por crescimento profissional podem gerar sentimentos de frustração, ansiedade, depressão e obsessão que têm reflexos agudos na libido e, consequentemente, no desempenho sexual do homem ou da mulher.
Vários exemplos mostram que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar de outros problemas fisiológicos. Inclusive, um bom acompanhamento por parte de um psicólogo pode servir de prevenção ao agravamento de inúmeras doenças fisiológicas, não apenas sexuais.
Portanto, é de fundamental importância zelar por hábitos saudáveis no dia a dia e prezar por ambientes de trabalho mais harmoniosos e humanizados.
A falta de desejo sexual masculino traz agravantes socioculturais complexos para além dos problemas da ausência de libido. Esse agravamento é proveniente do preconceito estereotipado que cultua o “homem sexualmente desejoso e dominante”.
Essa ideia pode desenvolver situações que levam o homem a não aceitação do problema e a recusa do tratamento adequado, seja psicológico ou urológico, por levá-lo a uma suposta exposição e julgamento de sua “masculinidade”.
Esse é um tabu que já passou da hora de ser quebrado. Quando sentir a manifestação do problema, o homem deve procurar um profissional médico especialista na questão.
Primeiro, para assinalar a origem do problema, averiguando se é de fonte psicológica ou biológica, para a partir daí seguir o tratamento adequado segundo os protocolos médicos.
A questão é delicada. A falta de desejo sexual masculino causada por gatilhos psicológicos, quando percebida, deve ter o acompanhamento contínuo de um terapeuta para que o homem possa trabalhar as causas que o levaram ao bloqueio da sexualidade.
Esse caminho pode ser desafiante e doloroso, pois geralmente o psicólogo trabalhará com o paciente o vasculhamento do passado para sinalização de traumas específicos que poderiam ter gerado o problema. Incidentes marcantes enraizados no inconsciente possuem, mais do que poderíamos imaginar, reflexos intensos na nossa sexualidade.
Se a causa da frigidez for biológica, o profissional médico responsável em guiar o tratamento do paciente será o urologista.
Ao determinar se a causa é uma possível deficiência hormonal ou sequelas de outras doenças ou condições pré-existentes, o médico poderá orientar o paciente em técnicas preventivas adequadas ou, se preciso, no receituário de algum medicamento.
Também podem ser realizadas mudanças de hábitos de vida que aumentam naturalmente a testosterona e, assim, funcionam como um boost natural da libido.
A lição que fica é que um problema tão complexo, que pode ter tanto origens psicológicas quanto biológicas, demanda um tratamento personalizado e adaptável para cada pessoa em cada situação específica.
Em casos comuns de desajuste hormonal, como a deficiência de testosterona, pode ser indicada reposição hormonal ou o uso de estratégias que estimulem a produção de testosterona pelo próprio corpo.
Além disso, há a opção de certos fitoterápicos, como a maca peruana ou o tribulus terrestris, cuja ação é menos comprovada, porém com alguns estudos desmontando resultados positivos como estimulantes sexuais.
Já o Viagra (ou outros medicamentos semelhantes) atua como potencializador da ereção, mas não gera desejo espontaneamente.
Sendo assim, pode ser uma boa opção para homens que perderam a confiança na ereção e, consequentemente, perderam o desejo sexual. Caso contrário, seus resultados não são favoráveis para pacientes sem nenhum desejo sexual.
O tratamento pode ser providenciado com uma simples marcação de consulta com um psicólogo ou urologista, e com o acatamento ao que for receitado por esses profissionais.
A realização de tratamento para problemas de saúde sexuais estão cada vez mais facilitados e otimizados nos dias de hoje. Já é possível marcar consultas e ter atendimento personalizado por meio de plataformas de telemedicina direcionadas para disfunções sexuais.
https://www.youtube.com/watch?v=LU-3XIdejdk
Esperamos que o conteúdo tenha sido educativo o suficiente para conscientizar para a importância de acompanhamentos e tratamentos médicos especializados para problemas de falta de desejo sexual masculino, entre outros.
Tais medidas de conscientização visam ao bem-estar do paciente que sofre de alguma disfunção sexual, em detrimento de tabus ou preconceitos sociais ultrapassados.
Esse artigo foi escrito pela Omens, plataforma direta, online e segura de acompanhamento da saúde sexual. Nossa equipe é formada por médicos urologistas certificados pela CRM e especificamente qualificados para teleconsulta.